Segundo o IBGE (2022), 15,1% da população brasileira tem mais de 60 anos. E a projeção é que, até 2030, essa parcela corresponda a 18% da população, somando mais de 40 milhões de pessoas, tornando-se um mercado de consumo maior do que o mercado infantil.
Atualmente, o grupo com mais de 60 anos movimenta cerca de 1,6 trilhão de reais por ano. A longevidade os tem levado a questionar como passarão os próximos 20, 25 ou 30 anos de suas vidas. Após conquistas econômicas e sociais já consolidadas, essa população busca produtos e serviços focados em saúde, bem-estar, viagens e atividades que proporcionem convivência social e desenvolvimento cognitivo. Por isso, atividades como pilates, musculação, aulas de dança, culinária, artesanato, tecnologia e música tendem a crescer com facilidade no mercado nas próximas décadas.
Entenda a terceira idade para vender mais
Para que sua marca esteja pronta para vender a esse público, é importante criar estratégias como:
- Contrate vendedores empáticos: Vendedores com 50 anos ou mais tendem a se conectar com mais empatia a esse público. Outras gerações precisam ser treinadas para entender as necessidades e a comunicação dessa faixa etária.
- Valorize o conforto: Ter acessibilidade e conforto no ambiente de compra é fundamental para encantar este público.
- Venda de forma consultiva (Slow Sale): Esta técnica, aplicada normalmente ao mercado de luxo, ganha um novo significado aqui. O público 60+ precisa ter todas as suas dúvidas esclarecidas e nem sempre busca informações por meios digitais. É preciso pensar, por exemplo, em como vender para um cliente que não vai baixar um aplicativo ou abrir um contrato enviado por e-mail.
- Simplifique a comunicação digital: As redes sociais precisam se comunicar em uma linguagem que faça sentido para essa geração. Termos técnicos, em inglês e a indicação de novos canais podem afugentar o cliente. O visual da marca deve usar fontes maiores para facilitar a leitura. Lembre-se que esse público desconfia de golpes digitais, portanto, uma comunicação direta e transparente é o melhor caminho.
- Cuidado com as estratégias digitais: Tentar explicar para a sua avó o que é cashback e convencê-la a fazer a compra sozinha é praticamente impossível. Por isso, estratégias como cupons de desconto, cashback e códigos promocionais devem ser usadas com moderação, avaliando se realmente se encaixam na jornada de compra deste público.
- Busque conexão: Como afirmado anteriormente, muitos dos serviços contratados buscam o convívio social. O pós-venda é a chave de ouro para a fidelização deste tipo de público.
Envelhecer é um fato no Brasil. Cabe a nós, como mercado, explorar esse público com a atenção e o respeito que ele merece, tornando a experiência de consumo mais digna e positiva.